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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A EPILEPSIA E A ATIVIDADE FÍSICA NA ESCOLA

A epilepsia é uma condição neurológica crônica, não é uma doença específica, é causada por uma alteração na atividade elétrica do cérebro. Caracteriza-se pela ocorrência de crises epiléticas, ou seja, as chamadas convulsões.

    Historicamente o epilético é tratado com preconceito, afetando suas relações sociais. Levando em conta o impacto socioeconômico gerado pela epilepsia ela é considerada um problema de saúde pública, e constantemente deve-se trabalhar em prol da melhoria da qualidade de vida dos pacientes.

    Entende-se por qualidade de vida ”a integração de várias dimensões humanas que garantem o potencial de cada um para viver, trabalhar e contribuir de forma mais significativa para a sociedade”. E a atividade física é considerada fundamental nesse aspecto.

    ADAMS et al (1985), defendem que no ambiente escolar, a Educação Física especializada deve abranger exercícios terapêuticos, rítmicos, jogos e esportes adaptados às limitações e interesses dos participantes. E que não há nenhuma prova de que a fadiga resultante de esportes ou atividades físicas infantis normais tenha um efeito adverso no curso da epilepsia.

    Grande parte dos pacientes estaria apto à realização da prática de atividades físicas. Desde que sejam tomadas as medidas de segurança necessárias a cada prática esportiva. Como por exemplo, em uma aula de natação, nenhuma criança deve ser deixada sem a supervisão do professor, seja ela epilética ou não.

    Se as crises estiverem controladas, a realização de atividades físicas só tem a contribuir para a redução dos estigmas e para o aumento da autoestima.

    Porém, como em todas as questões que envolvem saúde, consulte seu médico antes.

Texto: Prof.ª Fabiane Beletti da Silva
Coordenadora da Campanha Epilepsia sem Preconceito
Contato: fabiclmd@gmail.com

Referências:
Fernandes, Paula Teixeira. Estigma na Epilepsia. Campinas, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas, 2005, 196 pg.
 

Kanashiro, Ana Lúcia Andrade. Epilepsia: prevalência, características epidemiológicas e lacuna de tratamento farmacológico. Campinas, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas, 2006, 104 pg.

Mendes, Neila Maria. Epilepsia e atividade física: um estudo em crianças e adolescentes epiléticos. Campinas, Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, 2002, 181 pg.
Fonte: cguemquestao

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