Artigo do Diário Popular (28/04)
A população brasileira ganhou uma nova ferramenta para auxiliar no combate à droga mais temida do momento. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) lançou na terça-feira (26) o Observatório do Crack, uma página na internet que contará, principalmente, com a participação da comunidade, dos prefeitos e dos secretários de Saúde e Assistência Social, que poderão contribuir com o envio de dados sobre seus municípios e informar, por exemplo, o número de dependentes, as ações de prevenção à droga e as boas práticas que podem servir de exemplo a outras localidades.
A recente pesquisa Mapeamento do Crack nos Municípios do Brasil fez um levantamento em 3.950 cidades (71%) e investigou se a droga já está presente nos municípios, como o poder público organiza-se para enfrentar o problema e qual a participação da União e dos estados. No Rio Grande do Sul foram entrevistados 83,6% das administrações, o segundo que mais colaborou, atrás apenas do Paraná.
Canguçu é um dos poucos municípios brasileiros
que possuem CAPS AD com equipe multiprofissional
e com programas de combate á droga
Um dos números que mais chamaram a atenção foi a baixa presença de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) nas cidades: apenas 14,7% contam com estas unidades. Já 91,5% das localidades brasileiras não adotaram ainda programas municipais de enfrentamento, enquanto 51,8% não realizam campanhas de combate à droga.
No país as estimativas apontavam em 2010 em torno de 1,2 milhão de usuários de crack, com idade média de início de uso de 13 anos. Os dados foram apresentados durante audiência pública na Câmara dos Deputados pelo psiquiatra especializado em tratamento de dependentes do crack, Pablo Roig.
Além da situação em cada localidade, o Observatório do Crack contém toda a legislação sobre drogas disponível no país, notícias, artigos, biblioteca virtual com publicações sobre o assunto, fórum para estimular a discussão entre os internautas e um canal de contato direto com a CNM.
O Observatório do Crack pode ser acessado no endereço www.cnm.org.br/crack. Sugestões, dúvidas ou informações podem ser enviadas pelo e-mail observatorio@cnm.org.br.
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