Em 2005, podemos observar na tabela abaixo, um elevado número de mães adolescentes entre 10 e 19 anos, coincidentemente ao ano que o município registrou seu maior coeficiente de mortalidade infantil nos últimos 10 anos.
Em 2011, o mesmo quadro vem se apresentando, com um elevado número de gestantes adolescentes, representando gravidez de risco e contribuindo para a elevação das taxas de mortalidade infantil.
Na contramão, em 2001 houve o registro de 797 nascimentos, e em 2010, apenas 553. Uma redução de 30% na taxa de natalidade nos últimos 10 anos, número que vem reduzindo ano a ano.
Informações sobre Nascimentos 2001 - 2006 | |||||||
Condições | 2001 | 2002 | 2003 | 2004 | 2005 | 2006 | |
Número de nascidos vivos | 797 | 766 | 764 | 766 | 784 | 705 | |
Taxa Bruta de Natalidade | 15,5 | 14,8 | 14,8 | 14,8 | 15,0 | 13,5 | |
% com prematuridade | 5,8 | 7,7 | 8,5 | 5,9 | 6,0 | 7,1 | |
% de partos cesáreos | 27,6 | 29,2 | 32,6 | 36,9 | 36,5 | 35,5 | |
% de mães de 10-19 anos | 19,2 | 18,0 | 17,6 | 18,3 | 20,7 | 18,4 | |
% de mães de 10-14 anos | 0,5 | 1,2 | 0,8 | 0,8 | 0,6 | 0,6 | |
Fonte: SIM
Informações sobre Nascimentos 2007 - 2011 | |||||||
Condições | 2007 | 2008 | 2009 | 2010 | 2011* | ||
Número de nascidos vivos | 663 | 605 | 541 | 553 | 367* (Parcial) |
Em 2005, dos 19 casos que houveram, o município caiu para apenas 6 casos em 2006. A redução da mortalidade infantil (menores de 1 ano de idade) no município caiu de 24,29 em 2005, para uma média de 12,63 coeficientes em 2006.
De lá para cá, o município manteve esta média registrando:
Em 2007 – 5 casos (7,54)
Em 2008 - 6 casos (9,92),
Em 2009 - 9 casos (16,64)
Em 2010 - 9 casos (16,27).
Em 2011, até o mês de agosto, já são 8 óbitos infantis. Os casos de natimortos não são computados para a taxa de mortalidade infantil, mas já são registrados 3 casos este ano.
O Governo do Estado do RS, por intermédio da Secretaria da Saúde, informa que, no ano de 2011, o coeficiente de mortalidade infantil (número de óbitos a cada 1 mil nascidos vivos) deverá ser ainda menor do que nos anos anteriores - em 2009, foi de 11,5. A previsão é de que o índice fique entre 10,5 e 11,2.
No Brasil, o coeficiente de mortalidade infantil, que em 1960 era de 131,2, caiu para 69,1 em 1980 e hoje mantém uma média de 21,17, com destaque para a década de 70, onde o coeficiente foi reduzido pela metade, partindo de fortes investimentos em saneamento básico, abastecimento de água e criação de postos de saúde em regiões mais carentes do país.
Hoje a realidade é outra, os problemas são bem mais complexos, e a gravidez precoce ou gravidez na adolescência é muito mais que um problema de saúde pública, as ações devem ser integradas, envolvendo autoridades, área de saúde, educação, e principalmente, a família.
Estima-se que no Brasil, uma entre cada quatro mulheres que são mães, tem menos de 20 anos de idade. Essas jovens raramente estão preparadas fisicamente e muito menos psicologicamente para ser mães.
Hoje em dia não é raro vermos adolescentes com 13 ou 14 anos a espera do seu primeiro filho.
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