No objetivo de compor e organizar o “Comitê de Políticas para a Saúde da População Negra” – nome que ainda deverá ser definido pelo grupo, a SMS convidou alguns representantes dos Quilombos do município, para a sua primeira reunião, que tratou objetivamente da criação do Comitê.
Participaram da reunião, remanescentes de quilombolas, que representaram as comunidades da Armada, Passo do Lourenço, Faxinal e Potreiro Grande.
Em Canguçu, conforme registro, são em torno de 355 famílias de Quilombolas concentradas principalmente nas comunidades da Armada, Favila, Manoel do Rego, Moçambique, Passo do Lourenço, Potreiro Grande, Remanso, Iguatemi, Cerro das Velhas e Estância da Figueira.
Garantir o acesso às políticas que abrangem ações e programas de diversas secretarias do Ministério da Saúde e seus órgãos vinculados, é o foco principal do Comitê, que deverá estar reunido novamente na próxima semana.
O Ministério da Saúde preconiza que a população negra da cidade, do campo e da floresta, necessita de atenção à saúde diferenciada, capacitação específica de profissionais, bem como retaguarda laboratorial qualificada, ações estas contempladas pela Política Nacional de Saúde Integrada da População Negra (PNSIPN). Na prática, esta política reconhece a situação de vulnerabilidade da população negra e reúne esforços tanto nas três esferas de governo, como na sociedade civil, no sentido de desenvolver a promoção da saúde, incluindo a atenção e o cuidado em saúde, como também o combate ao racismo e a discriminação nas instituições e nos serviços do SUS.
Durante a reunião, o grupo falou também das doenças que atacam principalmente a população negra, onde a mortalidade é maior, demonstrando a preocupação em divulgar e realizar ações com foco na Anemia Falciforme, que atinge em grande escala a população negra.
A Secretária Mariza Helena Eslabão ouviu o grupo, e solicitou que outras pessoas também sejam convidadas para participarem do Comitê.
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