Número de vagas em Pelotas deverá saltar de 12 para 32 até o fim do ano
Enquanto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determina o fechamento da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal de Canguçu, a Secretaria de Saúde do Estado anuncia um reforço de 40 leitos nas unidades de Pelotas, Três Passos e Fronteira Oeste até o fim do ano, passando das atuais 370 vagas para 410.
A confirmação foi feita pelo secretário Ciro Simoni, que formou uma comissão especial para tratar especificamente de medidas que desafoguem o sistema. Os projetos mais adiantados estão em Pelotas, onde o número de vagas credenciadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) deverá saltar de 12 para 32. O Hospital Universitário São Francisco de Paula recebeu R$ 1 milhão para reforma e compra de novos equipamentos.
A previsão é de que em quatro meses já esteja operando com seis leitos a mais, chegando a um total de 12.
No Hospital Escola, a fase é de licitação do projeto que aumenta as atuais seis vagas para 20. A instituição garantiu 20% da reforma — o que representa pouco mais de R$ 350 mil — com recursos da Consulta Popular, e o restante será repassado pelo governo federal, por meio do programa de reestruturação dos hospitais universitários federais.
Em Três Passos, no Noroeste, a implantação de 10 leitos ainda está em fase de credenciamento, e na Fronteira Oeste a Secretaria da Saúde projeta, em conjunto com os hospitais já equipados com UTIs neonatais, onde será feita a ampliação.
Sindicato diz que vagas vão suprir demanda no RS
De acordo com o Comitê de Neonatalogia da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, não existe um número que estabeleça a quantidade de leitos necessária para suprir a demanda do Estado.
Porém, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) acredita que essas 40 vagas a mais sejam suficientes para que o sistema deixe de operar no limite.
— Com essas 40 vagas no Interior, diminui a concentração de leitos na Capital, que hoje tem 57% do total de vagas. Esses leitos estando em cidades polo de cada região vão permitir que as gestantes e os bebês enfrentem um percurso menor nas viagens. Esse projeto do governo, agora, tem é que sair do papel — analisa a diretora do Simers, Clarissa Bassin.
Informações: Joice Bacelo - Zero Hora
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