Nesta quinta-feira, 19.05.11, no Cine Teatro 27 de Junho, acontece mais um dia de capacitação, dirigido à profissionais com atuação nas ações do Projeto Adolescência Sadia, um trabalho preventivo e assistencial a jovens, crianças e famílias atingidas pelos problemas da droga, violências ou abusos de qualquer ordem.
Professores, Assistentes Sociais, Psicólogos, etc, fazem parte dessa rede de atividade. Juntos, a Secretaria Municipal de Assistência Social, a Secretaria Municipal de Educação e Esportes e a Secretaria Municipal de Saúde, através do CAPS – Casa de Saúde Mental, CAPS/AD e CREAS – Projeto Adolescência Sadia, integram uma rede de trabalho voltado para estas ações: atendimento às pessoas com problemas de saúde mental e preservação e atendimento à jovens e famílias atingidas pelos problemas relativos a abusos e violências. Ontem, por ocasião do Dia Nacional do Combate Ao Abuso e a Exploração Sexual de Crianças E Adolescentes, equipes do CAPS/CAPS/AD realizaram um trabalho de divulgação, panfletagem, etc, com o objetivo de “conscientizar a população para que as pessoas com sofrimento mental sejam, cada vez mais acolhidas, cuidadas e tratadas, como sujeitos com direito de estar no convívio social, e recebam apoio especial para sua reinserção na sociedade”.
Na abertura de mais esta capacitação, o prefeito Cássio Mota destacou a integração de todos estes órgãos do Município, pelo comprometimento para com as ações do Projeto Adolescência Sadia, incluindo-se a questão da Saúde Mental. Citando que num passado não muito distante Canguçu já foi o campeão de internação nessa área, em sanatórios que existiam na Região hoje, a partir das novas concepções de atendimento, apresenta um outro quadro, com um atendimento humanizado e inclusivo, na área da saúde mental.
Público alvo lotou o cine teatro
Também a gestora do Adolescência Sadia, secretária de Assistência Social Mara Mota cumprimentou as ações do Dia Mundial vivido ontem e a atenção que vem sendo dada a esse atendimento, com cerca de 40 famílias atendidas na questão das violências e centenas de outras, se somarmos pacientes e familiares na área da Saúde Mental. “A gente só é feliz quando os outros também são felizes, o ser humano não pode ser feliz sozinho” frisou. A professora do Curso de Enfermagem da UFPEL, Beatriz Franchini, palestrante no evento, destacou os rumos e avanços, no decorrer da história, do tratamento dado a pacientes com transtornos mentais. Em função de várias teorias e conceitos, em tempos remotos, o costume era isolar as pessoas com esses transtornos, excluindo-os do convívio com a sociedade.
Alunos que se apresentaram na ocasião
Mais tarde, foi atestado que esses distúrbios poderiam ser tratados com medicamentos, ou como doença. Tempos depois, criaram-se “hospitais” ou manicômios, onde os doentes recebiam tratamentos diferenciados, de forma isolada e, na maioria das vezes, tratamentos desumanos. Isto já pelo século 19, sendo que no Brasil foi avançando, até que pelos anos 60, já no século 20, com o advento da descoberta de medicações mais adequadas, começou-se então o processo de desospitalização, nos casos de pacientes acometidos de transtornos mentais. Entre os anos 70, 80 e 90, mais melhorias, com o Projeto de Lei Paulo Delgado, a Lei 9716/92 aqui do RS e Lei 10.216/01, já no século 21, acrescentaram relevantes melhorias nesse atendimento, sendo aprimorado, cada vez mais. A palestrantes foi muito aplaudida pelos participantes, pelos vários aspectos focalizados pela mesma, durante sua manifestação.