No dia
nacional de prevenção combate à doença, pesquisa do Ministério da Saúde revela
que 22,7% dos brasileiros são diagnosticados como hipertensos.
No dia
nacional de prevenção e combate à hipertensão arterial, o Ministério da Saúde
divulga avanços no controle e no tratamento da doença. Em um ano do programa
Saúde Não Tem Preço, 6,9 milhões de hipertensos tiveram acesso a medicamentos
gratuitos nas mais de 20 mil farmácias e drogarias privadas credenciadas.
“Este é um
programa prioritário para o governo federal. A ampliação no acesso ao
tratamento tem sido decisiva para reduzir as internações e os agravamentos
ocasionados pela doença, além de melhorar consideravelmente a qualidade de vida
das pessoas que convivem com a hipertensão”, afirma o ministro da Saúde,
Alexandre Padilha.
Segundo o
Vigitel 2011 (levantamento Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para
Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), a hipertensão arterial atinge 22,7%
da população adulta brasileira. O diagnóstico em mulheres (25,4%) é mais comum
do que entre os homens (19,5%).
A frequência
da doença avança com o passar dos anos. Se entre 18 e 24 anos, apenas 5,4% da
população relatou ter sido diagnosticada hipertensa, aos 55 anos a proporção é
10 vezes maior, atingindo mais da metade da população (50,5%) estudada. A
partir dos 65 anos, a mesma condição é observada em 59,7% dos brasileiros. A
maior frequência de diagnóstico em mulheres ocorre em todas as faixas etárias.
A pesquisa
também aponta que o nível de escolaridade tem forte influência no diagnóstico
da doença entre a população feminina. Enquanto 34,4% das mulheres com até oito
anos de escolaridade afirmaram ter diagnóstico médico de hipertensão arterial,
o percentual é menor - 14,2 % - entre mulheres com nível superior de educação.
A capital com
menor proporção de pessoas com hipertensão arterial é Palmas (12,9%), enquanto
a maior frequência foi encontrada no Rio de Janeiro (29,8%), onde é maior a
proporção de idosos.
SAÚDE
NÃO TEM PREÇO - Além de hipertensos, diabéticos também recebem remédios gratuitos
para tratamento da doença. No primeiro ano do programa, lançado em fevereiro de
2011, houve forte expansão dos pontos de retirada dos medicamentos, com
crescimento de cerca de 40% na rede de farmácias credenciadas.
Para obter
quaisquer dos 11 produtos disponíveis na rede, basta a apresentação de CPF,
documento com foto e receita médica válida. Além de dar mais transparência e
fortalecer o controle dos repasses feitos pelo ministério às farmácias
privadas, este cadastro evita a automedicação.
PROMOÇÃO
DA SAÚDE– O Ministério da Saúde tem realizado uma série de ações para
redução dos fatores de risco para a hipertensão arterial. Acordo firmado com a
indústria alimentícia em 2011 está reduzindo os níveis de sal em alimentos como
macarrão instantâneo, bisnaguinhas e salgadinhos prontos. Apenas com a redução
prevista no pão francês, estima-se a retirada do mercado de 3.957 toneladas de
sódio até 2014.
O
sedentarismo, que também é fator de risco para a doença, é atacado pelo
programa Academias da Saúde, que prevê a criação de espaços equipados para a
realização de atividades físicas, com acompanhamento profissional e em sintonia
com as unidades básicas de saúde. Somente no primeiro ano, mais de sete mil
propostas foram inscritas em todos os estados e no Distrito Federal. Pesquisas
do Ministério da Saúde indicam que a disponibilidade de espaços públicos para a
prática de exercícios eleva em até 30% a frequência de atividades físicas
nestas comunidades.
Nenhum comentário:
Postar um comentário