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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

SMS COMEÇA RECEBER MATERIAL DE ORIENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO SOBRE SAÚDE


A Secretaria Municipal de Saúde investiu recentemente, mais de R$ 20 mil na confecção de folders, cartilhas, adesivos, receituários, cartazes e cartões SUS para uso no Salvar SAMU, CAPS AD, CAPS I, Unidades Básicas de Saúde, PSFs, Vigilância Epidemiológica, Sanitária e de Endemias.
    O material que começa a chegar, tem o objetivo de informar os usuários do sistema de saúde dos serviços, dos cuidados com as doenças, da prevenção, acompanhamento de gestantes, dos serviços disponíveis, além de uma série de informações sobre os mais diversos temas relacionados à saúde das pessoas.
    Abaixo, você confere parte do conteúdo do folder que fala sobre a Doença de Falciforme. 

Principais sintomas:
- Anemia crônica – causada pela rápida destruição dos glóbulos vermelhos.
- Icterícia – cor amarelada na pele e mais visível no “branco dos olhos”. Isso, na Doença Falciforme, não significa hepatite e não é contagioso.
- Síndrome mão-pé – “inchaços” muito dolorosos na região dos punhos e tornozelos. São mais freqüentes até os dois anos de idade.
- Crises dolorosas – principalmente em ossos, músculos e articulações.

Como cuidar:
As crises dolorosas freqüentemente requerem orientação médica. Já as crises de leve intensidade poderão ser tratadas em casa, com analgésicos e ingestão de bastante líquido. A ocorrência de febre sempre requer avaliação médica. Afinal, pode ser um importante sinal de infecção. 

Como diagnosticar:
- Teste do pezinho – Na primeira semana de vida, leve a criança ao Posto de Saúde para fazer o teste do pezinho. Esse teste pode identificar a presença da Doença Falciforme, do Traço Falciforme (não necessita tratamento) e também do hipotireoidismo congênito, da fenilcetonúria e da fibrose cística. Descubra se o serviço de saúde realiza esses tipos de exames.
- Crianças a partir de quatro meses de idade, jovens e adultos, que ainda não fizeram diagnóstico para detecção da doença e do traço, podem realizar o exame de sangue chamado eletroforese de hemoglobina, disponível no SUS.

Onde buscar atendimento:
As pessoas com diagnóstico confirmado de Doença Falciforme devem ser cadastradas em um Serviço de Referência, Hemocentros ou Hospitais Públicos, e acompanhadas por uma equipe multidisciplinar, de acordo com protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde.     

OBRAS DO ESF VILA NOVA SEGUE EM RITMO ACELERADO

Os investimentos que estão sendo realizados na área de saúde pública em Canguçu, somam mais de R$ 2,6 milhões.  As obras do posto do Bairro Fonseca terão R$ 420 mil em investimentos, que beneficiarão em torno de 3 mil pessoas que todo mês são atendidas nesta unidade.
O ESF da Vila Nova, serão mais R$ 360 mil, que beneficiarão outras 3,3 mil pessoas que atualmente são atendidas nesta unidade de saúde. Os usuários estão sendo atendidos em espaço provisório, junto à Rua Tenente Edgar Wehrli, na esquina do Chafariz.

Com o objetivo atuar na manutenção da saúde e na prevenção de doenças, os ESFs trabalham em conformidade com os princípios básicos do SUS e desenvolvem ações dentro dos Programas, Saúde da Mulher, da Criança, do Adulto, do Adolescente, do Homem e do Idoso, através de atendimentos individuais e coletivos, priorizando a educação em saúde.

OUTRAS OBRAS

As obras do Posto de Saúde Central já foram concluídas, e já está beneficiando principalmente quem procura atendimento pediátrico, dentista, de puericultura, vacinação, exames citopatológicos, além dos programas de controle da tuberculose e de assistência ao estomizado. Mais de R$ 170 mil foram investidos na obra.
Mais R$ 350 mil serão aplicados na ampliação do PAM – Pronto Atendimento Municipal, que tem realizado uma média de 18 à 20 mil procedimentos, em atendimentos médicos, de ginecologia, enfermagem, radiologia, ultrassom, eletrocardiograma, exames laboratoriais e transporte de pacientes, todo mês.
Uma nova Unidade de Pronto Atendimento 24 Horas - UPA, foi autorizada para Canguçu, e as obras de terraplanagem já começaram. Os investimentos para a construção e compra de equipamentos é de R$ 1,4 milhão. A unidade será construída no Bairro Izabel, e deverá atender uma média de 4,5 mil pacientes todo mês, números que deverão ser ampliados, conforme a demanda.
Estes investimentos estão sendo realizados de forma estratégica, buscando beneficiar os principais pontos da cidade. Outro grande bairro, o Triângulo já possui hoje, além de um ESF (que também deverá receber autorização para novas obras), um CEO – Centro Regional de Especialidades Odontológicas.
   

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

PREVENÇÃO - A FINALIDADE DO COMITÊ MUNICIPAL DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA DA SMS



A Secretária Municipal de Saúde, está criando o Comitê Gestor Municipal de Urgência e Emergência. A reunião acontece neste dia 1º, às 14 horas, na sala de reuniões da Secretaria.
O Comitê Gestor Municipal de Urgência e Emergência, deverá ter a finalidade de atuar como espaço de formulação, pactuação, avaliação e controle das ações de prevenção, promoção e assistência à saúde na área de urgência no âmbito do Município de Canguçu, e deverá ser composto por diversas entidades representativas do município.
O Comitê Gestor Municipal de Urgência e Emergência será responsável, ainda, pela execução do Plano Municipal de Atenção às Urgências em consonância com a Política Nacional e Estadual desta área, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, estimulando o processo de controle social em toda a sua amplitude, no âmbito dos setores público e privado, devendo seguir as diretrizes do SUS.
O Comitê deverá também, deliberar sobre os modelos de atenção à saúde da população nos casos de urgência e de gestão juntamente do Sistema Único de Saúde; incentivando a participação permanente dos usuários dos serviços de urgência através dos diferentes mecanismos de controle social; garantindo a massiva divulgação de informações relativas ao perfil assistencial dos diversos equipamentos de urgência e emergência e a forma mais adequada de sua utilização e acionamento; propondo prioridades, métodos e estratégias para a formação e educação permanente dos trabalhadores que prestam assistência na área de Urgência e Emergência;
Ampliar os espaços de divulgação de ações de promoção e prevenção aos agravos agudos à saúde realizando palestras, seminários, simulados de emergência e catástrofes, estimulando a ampla participação da sociedade; criando, coordenando e supervisionando Comissões Intersetoriais e outras que julgar necessárias, inclusive Grupos de Trabalho, para diversas áreas de atuação dos equipamentos de Urgência e Emergência; otimizando recursos, repactuando fluxos e fortalecendo a regulação médica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU; também deverá ser o papel do Comitê.
Garantir a implementação de um protocolo único para a cobertura de grandes eventos e acionamento para catástrofes; garantir a implementação de um protocolo único para o acolhimento de todos os pacientes com agravos agudos à saúde, nas diversas portas de urgência, segundo critérios de risco; estabelecer sistematicamente rotina para diagnóstico, acompanhamento e encaminhamento de questões relativas às diversas formas de violência; também deverá fazer parte do protocolo.

NÃO ÀS DROGAS - FAMÍLIAS DE DEPENDENTES QUÍMICOS E A LUTA PARA AFASTAR OS FILHOS DAS DROGAS

Canguçu On Line inicia série de reportagens especiais sobre casos de dependência química no Município, um mal tratado como doença pelas famílias, mas que enfrenta pré-julgamento da sociedade

O esforço para tirar os filhos do caminho das drogas uniu as mães Tânia Lessa e Ceni Aquino. Elas se conheceram durante reuniões de comunidades terapêuticas que atendem famílias com dependentes químicos, como a Renascer, situada no 9º Distrito de Pelotas. Gerente de uma loja de calçados no Centro de Canguçu, Tânia visita semanalmente o local há oito meses para debater com outras famílias, de diferentes regiões do Estado, o drama vivido em casa.

O jornal Canguçu On Line inicia nesta quarta-feira (25) uma série de reportagens especiais que vai provocar a discussão de um assunto que perturba muitas famílias: a dependência química. Grande parte daquelas que convivem com o vício pelas drogas tóxicas ainda se esforça para fechar os olhos diante do problema e, com isso, evitar o pré-julgamento da sociedade.

Hoje o filho da dona Ceni tem 32 anos. Em um passado recente, ele passou por um ano de internação na Casa Amor Exigente (Caex), instalada às margens da BR-116, em Pelotas. Agora, ele encontra-se “limpo” - gíria usada para indicar quem deixou o vício das drogas – há sete meses, e comemora o fato de estar empregado.

Com 16 anos, o filho de Tânia começou a fumar maconha. O envolvimento de Cristiano Lessa com as drogas evoluiu até o momento em que família consentiu que a rígida vigília feita sobre sua rotina não o afastava do vício.

- Por mais de três vezes o tirei de dentro de outras casas, quando estava se drogando. Nossa família, meus tios, meus irmãos, fecharam o cerco contra ele. O seguíamos de carro ou de moto à noite até os locais que costumava se reunir com outros usuários – revela Tânia.

No entanto, depois que foi promovido na empresa onde trabalhava e passou a morar sozinho em um apartamento em Pelotas, ficou mais fácil para o jovem driblar a vigília dos pais. As aulas do curso superior de Análise de Sistemas deixaram de ser importantes. Da maconha, ele passou a experimentar cocaína e se perdeu ainda mais. Foi a mudança de comportamento que chamou a atenção da mãe e do pai, Rui.

- Ele (o filho Cristiano) teve duas recaídas com a cocaína. Quando isso acontecia, ele dormia direto. Durante três dias, não levantou. Ficava com poças de sangue nos olhos e as narinas vermelhas – diz a mãe, ao recordar de um dos momentos em que flagrou o filho sob o efeito de drogas.

As tentativas de conversa para buscar tratamento para o filho acabavam em poucos minutos. O jovem não aceitava o pedido, e dizia que a mãe via situações que não existiam, e ainda colocava-se à disposição para fazer exames médicos. Dizia que “era só maconha”, o que considerava “menos ofensiva que um cigarro”. O diálogo sempre se encerrava com a palavra de Cristiano, que dizia estar tudo bem.

Mesmo assim, o sentimento de mãe não deixava Tânia se enganar. As vistorias pela casa á procura de drogas e sinais de comportamento do filho tornaram-se rotina.

- Ele nunca se atreveu a levar nada (de drogas) para dentro de casa. Eu era como um cão farejador, revisava tudo dentro dos quartos, da garagem. Ele tinha que esconder muito bem, senão eu encontrava – diz Tânia.

Em dezembro do ano passado, já com 23 anos, o processo de recuperação de uma fratura no pé não impediu Cristiano de correr atrás do vício pela cocaína. Contudo, foi a primeira vez, depois de sete anos consumindo drogas, que ele procurou os pais e pediu ajuda para iniciar o tratamento de reabilitação.

Há dois meses internado na Comunidade Terapêutica Renascer, Cristiano se comunica todas as terças-feiras com a família por cartas. No entanto, o primeiro contato demorou 15 dias, até que o dependente químico decidiu escreveu aos pais. Com ansiedade, a família aguarda a chegada do segundo domingo de cada mês. É a oportunidade de visitar o filho na Comunidade, embora o período de contato seja limitado a sete horas .

A evolução no comportamento de Cristiano anima Tânia. Segundo ela, os coordenadores da Renascer dizem que ele não mostra mudança de humor, nem sinais de depressão, o que seria comum neste começo. A busca por tratamento exige disciplina e persistência. Em dois meses convivendo com o grupo, Cristiano já presenciou a desistência de outros 12 dependentes químicos, que fugiram a pé do local.

A previsão é de que ele permaneça na Comunidade Terapêutica Renascer por 12 meses. Caso seja necessário, o período pode ser estendido para 15 meses. A dedicação da família é apontada como fundamental para a recuperação do filho.

- A família precisa freqüentar o grupo de ajuda. Ela assume uma doença que é a co-dependência e também precisa de tratamento. Os familiares precisam saber lidar com o dependente químico, aprender a falar a mesma língua que ele – explica a mãe, reproduzindo uma das lições aprendidas nestes oito meses de convívio com outras famílias.

Formação de grupo de ajuda em Canguçu
Unidas pela vontade de ver os filhos evoluírem o tratamento contra o uso de drogas, as mães Tânia e Ceni sonham com a construção de um espaço físico em Canguçu para atender grupos de auto-ajuda. Com isso, as famílias com casos de dependência química não teriam de se deslocar semanalmente até Pelotas para participar do programa que apresenta os 12 passos que ensinam a lidar com a situação dentro de casa.

Nestas reuniões, as famílias falam abertamente sobre os dramas vivenciados e as tentativas de afastar os parentes e amigos do vício. São orientações que, muitas vezes, tornam-se hábitos por parte dos freqüentadores.

Doações para ampliação da Comunidade Renascer
Para aumentar o espaço de instalação de dependentes químicos, a Comunidade Terapêutica Renascer, onde Cristiano está internado, busca doações de material de construção, como tijolos, telhas e sacos de cimento. Interessados em colaborar com o centro de reabilitação podem procurar Tânia Lessa pelo telefone (53) 3252-2475.

Próxima reportagem: a reinclusão na sociedade aos 21 anos
A próxima reportagem da série sobre o drama enfrentado pelas famílias de dependentes químicos em Canguçu contará a história de um jovem que respondeu positivamente ao tratamento e, com 21 anos, mantém uma rotina de dedicação para evitar a recaída. Ele esteve internado na Casa Amor Exigente (Caex) de Pelotas depois de consumir maconha e crack dos 11 aos 18 anos.
Fonte: cangucuonline