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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

SAÚDE DE CANGUÇU RECEBE AVALIAÇÃO POSITIVA DA POPULAÇÃO



O Blog Em Questão, há alguns dias atrás, por iniciativa, circulou por vários pontos de atendimento público de saúde do município de Canguçu, a intenção era registrar a visão do cidadão usuário sobre as condições de atendimento, instalações, médicos disponíveis e distribuição de medicamentos.

Os pontos de entrevista foram: O Hospital de Caridade, Pronto Atendimento, Secretaria Municipal de Saúde, Posto Central e Farmácia Municipal, ao todo foram 82 pessoas entrevistadas, uma simples colaboração para uma radiografia do serviço público municipal.



Veja na íntegra, o resultado desta amostra:



No quesito instalações a aprovação é total, todos os entrevistados declararam que estão satisfeitos, limpeza, lugares para espera do atendimento foram alguns pontos destacados, um ponto negativo foi quanto à acessibilidade, solicitações quanto a dificuldade de subir escadas foram as mais freqüentes, todas relacionadas ao “Pronto Atendimento”.

No quesito distribuição de medicamentos a aprovação é de 78%, na maioria dos casos, o medicamento é acessível e gratuito. Os pontos negativos dão conta de uma parcela da comunidade que se diz extremamente carente e sem condições de adquirir medicamentos muito caros e vitais para a sobrevivência (Uso Contínuo), geralmente o caminho dessas pessoas é a Defensoria Pública movendo processo contra o estado.

Por fim, a questão mais polêmica é relacionada ao atendimento médico, opiniões das mais diversas foram colhidas, qualidade do atendimento foi considerada boa por 81% dos entrevistados, mas com ressalvas, entre as pessoas atendidas no Pronto Socorro a média cai para 49% que consideram de boa qualidade, reclamações dão conta da falta de especialidades (média e alta complexidade) em Canguçu, e a necessidade de se deslocar para outros municípios para consultar com médicos especialistas, uma sugestão importante é que se use as informações dos Agentes de Saúde para direcionar a demanda e as prioridades.
 
O atendimento por parte dos funcionários dos setores foi considerado muito bom por 74% dos entrevistados, apenas 2% acha ruim, reclamações neste quesito são com o atendimento telefônico do SAMU e na maioria absoluta dos entrevistados, entendem que deveria ter em Canguçu mais de uma ambulância do serviço tendo em vista que o atendimento realizado pelas equipes é considerado excelente e referência de qualidade.

Fonte: Ricardo Moura  

UTI NEONATAL DE CANGUÇU É ASSUNTO DO JORNAL NACIONAL


Burocracia atrasa funcionamento de UTI Neonatal no Rio Grande do Sul. Uma grávida teve que esperar dois dias para conseguir atendimento e ainda enfrentou uma viagem de mais de 500 km para dar à luz os filhos gêmeos. Só que mais perto da cidade onde ela mora, havia uma UTI pronta. 
         O Jornal Nacional mostrou na segunda-feira (24) a história de uma brasileira grávida que teve que esperar dois dias para conseguir uma UTI Neonatal e ainda enfrentar uma viagem de mais de 500 quilômetros para dar à luz os filhos gêmeos. Os nossos repórteres descobriram que mais perto da cidade onde Elisiane mora havia uma UTI pronta, e parada.
         Na casa emprestada por um funcionário do hospital onde a filha está internada em Novo Hamburgo, Dona Neiva tenta se manter confiante. Os netos estão se recuperando. A filha, Elisiane, ainda corre perigo, mas o estado de saúde dela melhorou. “A gente está confiante. A partir de hoje ela vai começar a reagir, a gente tem muita fé em Deus”, diz Dona Neiva.
         Com a bolsa rompida desde sexta-feira (21), Elisiane San Martin sofreu por dois dias e teve que viajar mais de seis horas em uma ambulância para dar à luz os filhos gêmeos no final da tarde de domingo (23).
         “É uma porta de entrada para bactérias e quanto mais horas de bolsa rompida tem, maior a chance de infecção que é ponto que ela chegou aqui quando foi internada”, explica a Médica Rosemeri Nunes.
         Quase 60% dos leitos de UTI Neonatal do Rio Grande do Sul estão concentrados na Região Metropolitana de Porto Alegre. Mas a a viagem de Elisiane poderia ter levado a metade do tempo. É que em outro município da região sul do estado, mais perto de onde a família mora, uma UTI Neonatal está pronta para entrar em funcionamento.
         De Santa Vitória do Palmar, onde Elisiane estava, até Novo Hamburgo forma mais de 530 quilômetros. Até Canguçu, seriam 280. O Hospital de Caridade conta com equipamentos e funcionários para colocar em operação imediatamente dez leitos de UTI Neonatal pelo SUS. Um investimento de R$ 1,2 milhão de verbas públicas e do próprio hospital.
         “Nós temos condições de ser referência no que se refere à gravidez de alto risco, atendimento de crianças prematuras e neonatos com patologias. E atendendo um grande número de pessoa na nossa região”, garante Fernando Gomes, Superintendente do Hospital.
         Segundo a Secretaria de Saúde do estado, o primeiro pedido para credenciamento aconteceu em janeiro, mas somente em abril a Vigilância Sanitária vistoriou o local e pediu alterações. Depois das mudanças, o credenciamento foi encaminhado ao Ministério da Saúde, em setembro.
         A Secretaria de Saúde diz que o processo é demorado para garantir a segurança do procedimento. Agora ainda falta o Ministério da Saúde publicar a autorização no Diário Oficial para que a UTI entre em operação. Enquanto isso, o hospital assume riscos.
         Miguel nasceu de sete meses e deveria estar na UTI Neonatal. Os médicos tiveram que deixá-lo em uma das unidades do berçário, sem os instrumentos adequados.
         “Poderia ter perdido o nenê, com todo o equipamento do lado, a menos de 50 metros”, alerta o pediatra Benhur Corrêa
O Ministério da Saúde informou que o pedido de habilitação da UTI só chegou ao setor responsável no dia 11 de outubro e que o processo ainda está dentro do prazo de análise.
        

Fonte: Ricardo Moura / Em Questão 

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

TESTE DA ORELINHA - UMA AÇÃO PARA TODA VIDA

A audição é fundamental para a aquisição e desenvolvimento da fala e linguagem. Estudos recentes realizados na Universidade do Colorado (EUA), comprovaram que a detecção de alterações auditivas e a intervenção iniciada até os 6 meses de idade garantiam à criança deficiente auditiva, o desenvolvimento da compreensão e da expressão da linguagem, bem como, o seu desenvolvimento social, comparáveis aos das crianças ouvintes da mesma faixa etária.
Este exame, não tem contra-indicações, é rápido e não causa desconforto ou dor, sendo aconselhado ser realizado antes do seu bebê completar 03 meses de idade.
Não deixa passar a oportunidade de prevenir possível transtorno no desenvolvimento do seu filho. Essa é uma ação para toda vida.

O BEBÊ DEVE ESTAR TRANQÜILO OU DORMINDO

OBRAS DOS ESFs DA FONSECA E VILA NOVA BENEFICIARÃO 6,3 MIL PESSOAS DA COMUNIDADE


Com o objetivo atuar na manutenção da saúde e na prevenção de doenças, os ESFs trabalham em conformidade com os princípios básicos do SUS e desenvolvem ações dentro dos Programas, Saúde da Mulher, da Criança, do Adulto, do Adolescente, do Homem e do Idoso, através de atendimentos individuais e coletivos, priorizando a educação em saúde.
INVESTIMENTOS - OBRAS DE CONSTRUÇÃO DO NOVO ESF
Os investimentos que estão sendo realizados na área de saúde pública em Canguçu, somam mais de R$ 2,6 milhões.  As obras do posto do Bairro Fonseca terão R$ 420 mil em investimentos, que beneficiarão em torno de 3 mil pessoas que todo mês são atendidas nesta unidade.
O ESF da Vila Nova, serão mais R$ 360 mil, que beneficiarão outras 3,3 mil pessoas que atualmente são atendidas nesta unidade de saúde. A demolição do antigo prédio já foi realizada, e os usuários estão sendo atendidos em espaço provisório, junto à Rua Tenente Edgar Wehrli, na esquina do Chafariz.

OUTRAS OBRAS

O Posto de Saúde Central também está com suas obras bem adiantadas, e os mais de R$ 150 mil investidos, beneficiarão principalmente quem procura atendimento pediátrico, dentista, de puericultura, vacinação, exames citopatológicos, além dos programas de controle da tuberculose e de assistência ao estomizado.
Mais R$ 350 mil serão aplicados na ampliação do PAM – Pronto Atendimento Municipal, que tem realizado uma média de 18 à 20 mil procedimentos, em atendimentos médicos, de ginecologia, enfermagem, radiologia, ultrassom, eletrocardiograma, exames laboratoriais e transporte de pacientes, todo mês.
Uma nova Unidade de Pronto Atendimento 24 Horas - UPA, foi autorizada para Canguçu, e as obras de terraplanagem já começaram. Os investimentos para a construção e compra de equipamentos é de R$ 1,4 milhão. A unidade será construída no Bairro Izabel, e deverá atender uma média de 4,5 mil pacientes todo mês, números que deverão ser ampliados, conforme a demanda. 
Estes investimentos estão sendo realizados de forma estratégica, buscando beneficiar os principais pontos da cidade. Outro grande bairro, o Triângulo já possui hoje, além de um ESF (que também deverá receber autorização para novas obras), um CEO – Centro Regional de Especialidades Odontológicas.
Estamos trabalhando para melhor atender e beneficiar a nossa comunidade, é um desafio constante para um gestor em saúde pública, mas Canguçu têm avançado muito, e passa a ser cada vez mais, uma referência em saúde na região, destaca a Secretária Mariza.
Conforme os últimos dados, são mais de 38 mil procedimentos realizados nas unidades de saúde do município, sendo que muitas pessoas da região, também procuram atendimento em Canguçu.
            

terça-feira, 25 de outubro de 2011

GRANDES HOSPITAIS REGIONAIS PODEM SER ALTERNATIVA PARA CONCENTRAR OS SERVIÇOS DE MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE

Regionalizar os serviços de média e alta complexidade e regulados de maneira a garantir o acesso aos usuários, com financiamento adequado para executar estas políticas, é um dos desafios, diante dos enormes problemas que os gestores de saúde enfrentam ao assumir a gestão de uma secretaria de saúde.

O desafio de fazer com que as redes de referência funcionem de maneira adequada não se resume à organização dos serviços disponibilizados. A Assedisa Re­gional da Fronteira-Oeste entende que as redes devem estar mais próximas dos mu­nicípios. “Sabemos que não se pode ter to­das as especialidades dentro do Município, mas consideramos que precisamos ter esse serviço num raio de, no máximo, 200 km”, aponta a Secretária da Saúde de Alegrete, Maria do Horto Salbego.
Com conhecimento de causa, ela cita o exemplo da traumato-ortopedia de alta complexidade, serviço que mais de 500 mil habitantes em onze municípios têm que procurar em cidades como Rio Gran­de, mesmo que o município esteja a 500 quilômetros e não seja uma referência. “As redes funcionam com extrema dificuldade, com acessibilidade muito restrita que limi­ta principalmente às cidades do interior”, critica. “Não temos determinados serviços que deveriam estar mais perto da nossa região, nem suporte para atender a casos mais específicos”.
A dispersão dos serviços em diversas cidades e prestadores também é um im­portante elemento a se considerar. Sem ter um lugar em que sejam centralizados, a ne­cessidade do transporte de saúde pode ser aumentada, gerando gastos desnecessários às secretarias, manutenção de estrutura para o gerenciamento dos agendamentos periódicos e um vai e vem de carros, vans e ambulâncias, que se deslocam em distâncias mais curtas dentro da própria região ou mais longa, aumentando os riscos no trânsito das estradas, além de acabar contribuindo para a desor­ganização do sistema. 

É o caso de Canguçu, que diariamente carrega pacientes para vários outros municípios, como Porto Alegre, Rio Grande, Santa Maria e Pelotas. São mais de 450 pacientes transportados toda semana para Porto Alegre e Pelotas. Têm sido um dilema enfrentar o trânsito das estradas todos os dias, com o risco de freqüentes acidentes que vem ocorrendo com os transportes de saúde do município.
Uma das soluções para esse problema, poderia ser a criação de hospitais regionais públi­cos, defendida pela ASSEDISA – Associação dos Secretários e Dirigentes Municipais de Saúde. Essas estruturas, a serem gerenciadas pelo Estado, ou até mesmo pelos municí­pios, concentrariam todos os atendimen­tos para a população de determinada área. Assim, a necessidade de transporte seria bastante reduzida, tendo em vista que os deslocamentos teriam, via de regra, desti­no certo. Além disso, com uma rede regio­nal que realmente funcione, a necessidade de submeter os pacientes ao atendimento em Porto Alegre também seria reduzida em grande parte.
Maria do Horto é uma das defensoras da criação de “hospitais fortes regulados com a mão do Estado”, sendo gerenciados através de uma parceria entre a Secretaria da Saúde e os municípios. “O que existe hoje são hospitais filantrópicos ou privados vendendo serviços para o Sistema Único de Saúde. É necessário ter alguns hospitais pú­blicos nas regiões para que se possa realizar investimentos de maior porte e para que seja possível dar conta dessa complexidade de modo que possamos resolver o problema de forma conjunta”, disse. 

Alegrete fica a quase 500 km da capital, localizado na Fronteira-Oeste e próximo da divisa com a Argentina. A regulação, como em todos os municípios do Estado, é feita a partir da central que fica em Porto Alegre. A 10ª Coordenadoria regula algumas espe­cialidades. Já na área de neurologia, quem atende a referência de alta complexidade é Uruguaiana, e na área da oftalmologia de média complexidade, é Rosário do Sul. “Por essa diversidade na localização dos servi­ços é que temos defendido a proposta de que o Plano Plurianual do Estado considere os hospitais regionais, ao menos para regi­ões distantes dos grandes centros, como a nossa”, diz Maria do Horto.
Contudo, ela avalia que a regulação nos últimos períodos vem se qualificando, mas ainda é deficitária por não assegurar o acesso dos municípios do interior a di­versas especialidades, como neurologia e traumatologia. “O que dificulta o funcio­namento da rede é que ela não é estabele­cida a partir da necessidade real de cada município”, contextualiza. “Falta organi­zação, para que a rede possa ser melho­rada e qualificada a partir da estrutura existente, para que assim a logística possa existir, já que a atual não é adequada”.

Fonte: Revista ASSEDISA